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terça-feira, 24 de novembro de 2009

Eu discordo.


 

 

 

 

INDICATIVO



  • Presente do Indicativo                             
    eu discordo
    tu discordas
    ele discorda
    nós discordamos
    vós discordais
    eles discordam



  • Imperfeito do Indicativo
    eu discordava
    tu discordavas
    ele discordava
    nós discordávamos
    vós discordáveis
    eles discordavam



  • Perfeito do Indicativo
    eu discordei
    tu discordaste
    ele discordou
    nós discordamos
    vós discordastes
    eles discordaram



  • Mais-que-perfeito do Indicativo
    eu discordara
    tu discordaras
    ele discordara
    nós discordáramos              
    vós discordáreis
    eles discordaram



  • Futuro do Pretérito do Indicativo
    eu discordaria
    tu discordarias
    ele discordaria
    nós discordaríamos
    vós discordaríeis
    eles discordariam



  • Futuro do Presente do Indicativo
    eu discordarei
    tu discordarás
    ele discordará
    nós discordaremos
    vós discordareis
    eles discordarão



SUBJUNTIVO


  • Presente do Subjuntivo
    que eu discorde
    que tu discordes
    que ele discorde
    que nós discordemos
    que vós discordeis
    que eles discordem



  • Imperfeito do Subjuntivo
    se eu discordasse
    se tu discordasses
    se ele discordasse
    se nós discordássemos
    se vós discordásseis
    se eles discordassem



  • Futuro do Subjuntivo
    quando eu discordar
    quando tu discordares
    quando ele discordar
    quando nós discordarmos
    quando vós discordardes
    quando eles discordarem


IMPERATIVO


  • Imperativo Afirmativo
    discorda tu
    discorde ele
    discordemos nós
    discordai vós
    discordem eles


  • Imperativo Negativo
    não discordes tu
    não discorde ele
    não discordemos nós
    não discordeis vós
    não discordem eles



INFINITIVO


  • Infinitivo Pessoal
    por discordar eu
    por discordares tu
    por discordar ele
    por discordarmos nós
    por discordardes vós
    por discordarem eles


Rimas com discordar

  • trufar
  • suspeitar
  • interessar
  • contentar
  • rudimentar
  • identificar
  • aniquilar
  • aportar
  • proclamar
  • arrepiar
  • julgar
  • descansar
  • roubar
  • manjar
  • espumar

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

em comemoração ao dia da consciência negra...



Há tempos eu era.
Há pouco tempo eu sou.
No espaço de quem eu era                                   
E de quem eu sou
Descobrir as interfaces
Da pigmentação desta pele humana e frágil.
Trago em minha cara
As marcas das lágrimas
Que ganhei ao nascer desta cor.
Sou a mistura
Bruta e clara
Da ginga, da alma, do batuque
De tanta gente, de tanto sangue,
de tanta luta, de tanta dor.
Sou chamada de morena, preta,
amorenada, quase clara.
Ou cochicham à surdina: negra assanhada!
Sou mestiça, obrigada a dizer:
Sim, senhor!
Nesta terra das misturas,
E tão impune
A senzala é ocupada por todas as cores.
Agora, face a face
Sem buscar disfarce
Vejo-me grande e bela
E de toda cor.


Luciane




                                         kel cintra



dia 20 ao retornar a casa ouvi alguém dizer : hoje teve a passeata dos nego, um bando de gente bebada, boiola dançando, tudo dando lugar ao djiabo! 
Eu ia ficando com raiva mas não, a pessoa tava certa
na passeata haviam sim, bebados, estavam comemorando a liberdade...
haviam boiolas, pois ja nao há mais espaço para tanta discriminação, 
entao os boiolas dançaram suas danças e seus orixas, boiolas negros e felizes, fiquei feliz tambem ao imagina-los requebrando oxum...
espero que a partir de hoje e em todos os novembros da vida as pessoas passem a dar lugar a esse diabo que dança bonito, aceita as diferenças e bebe pra comemorar, pois o cristo da nossa sociedade escraviza os negros,  recrimina os boiolas e todo tipo de diversidade religiosa, principlamente a afro.
 Um viva aos negros, aos boiolas felizes que dançam e ao diabo! 








fotografia: Flavio Dominecucci



A palavra Zumbi, ou Zambi, vem do africano quimbundo “nzumbi”, e significa, grosso modo, “duende”. No Brasil, Zumbi significa fantasma que, segundo a crença popular afro-brasileira, vagueia pelas casas a altas horas da noite.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Sobre o Vale do Amanhecer


 

A palavra vale, em uma de suas definições, significa espaço entre duas montanhas, a principio seria curioso imaginar quão dificil é procurar em cada cidade um lugar com essas especificações , porem é fácil encontra-la na imaginação. Um vale: lugar tranquilo, plano, coberto pelo verde da relva, onde a brisa corre leve e calma.Um vale é lugar seguro, longe dos altos e baixos das montanhas penosas, um lugar onde se  pode descansar e depois seguir em frente. 
Ninguem ao chegar a qualquer vale do amanhecer será obrigado a gostar ou concordar com o que se ouve por lá, isso para mim foi um alivio, pois estava acostumada e cansada de dogmas e fanatismos recorrentes entre os religiosos e alguns misticos. O que mais se ouve no templo do vale do amanhecer depois de " Salve Deus e Graças a Deus" é o termo livre-arbitrio. Somos todos influenciados a entender com mais profundidade o que isso siginifica e a aplicar essas escolhas com  mais consciencia no dia a dia

Outro fator válido do meu ponto de vista é o convivio com elementos  espirituais que são parte de nossa historia, talvez pouca gente repare que estamos muito influenciados ao contato com deuses e deusas  estrangeiras como no caso do hinduismo , muito presente em meditações e yoga, nos afastando um pouco de nossa historia e de nossa gente; não quero com isso criticar a yoga , muito menos o hinduismo( que particularmente aprecio )   gostaria apenas de observar que em nossa cultura dispomos de representativos correspondentes a cada uma dessas energias quer pela tradição hindu ou celtica,pois ambas são enfaticas no contato entre o homem e as forças da natureza.E isso no vale é muito bem sincronizado pois todos os espiritos de luz que lá atuam, apesar de usar uma roupagem brasileira, são forças da corrente indiana do espaço, essa corrente é uma força transcedente de origens interplanetarias mas que aqui na terra encontra sintonia com a energia manipulada pelos indianos, egipcios e gregos, sem contar nos maias, no himalaia e claro nas forças benditas afrobrasileiras.

Enquanto se ouve palavras amorosas de espiritos bem familiares à nossa cultura como os pretos e pretas velhas, há uma troca intensa de energias, que lá no vale são chamadas de desobssessivas, dando oportunidade a espiritos sofredores irem pra uma dimensão correspondente a seu grau evolutivo.

Para quem acredita em espiritismo, eu diria que é uma experiencia válida, para quem estuda ou é curioso sobre o sincretismo religioso é um prato cheio, para quem valoriza nossa cultura afro e indigena é um espetaculo!
Mas pra quem busca algum entendimento maior sobre sua jornada pela vida, o vale é um incentivador doutrinario de valores cristicos como amor, tolerancia e humildade, é um templo onde se faz caridade espiritual a quem quer que seja, encarnado ou desencarnado, rico ou pobre, branco negro azul verde, laranja com bolinhas roxas...no caso do vale não duvide do que possa encontrar.
Gente de toda cor, sempre bem vinda com um simpatico Salve Deus.





terça-feira, 17 de novembro de 2009

Ch´an

O termo japonês Zen (em chinês Ch'an) é a forma abreviada de Zenna, derivado do chinês Ch'an-na, que por sua vez vem de Dhyana  (meditação em sânscrito). Em coreano, é chamado de Soen; em vietnamita, chama-se Thìên.



Sentado quietamente,
Nada fazendo,
A primavera vem,
A grama cresce por si.



— Zenrin Kushû
-ONDE VOCÊ ESTÁ?
-Aqui.
-QUE HORAS SÃO?
-Agora.
-QUEM É VOCÊ?
-Esse momento.
                




"Diz-se que o Zen é a essência do Budismo. Um mestre Zen japonês disse: "O Zen nasceu e cresceu na Índia, floresceu na China e deu fruto no Japão." Mas não é assim tão simples. O Zen é a prática que nasceu da experiência do Buda Shakyamuni, o qual despertou para a realidade última da vida (o não-eu). Como tal, o Zen não pertence a nenhuma seita religiosa em particular. Podemos até encontrá-lo no Cristianismo, no Hinduísmo, nas cartas de S. Paulo, por exemplo, ou nas biografias de Ramakrishna. Por favor, não tirem nenhuma conclusão por eu ser um monge budista; em vez disso, descubram e realizem a raiz da vossa prática Zen através deste encontro quotidiano Aqui-Agora."

Hôgen Yamahata 


Querer libertar-se do sonho
é em si mesmo um sonho

(Bassui Tokusho)

Os principios hermeticos e a mediunidade





"O TODO é MENTE; o Universo é
Mental." - O CAIBALION-

Este Princípio contém a verdade que Tudo é Mente. Explica que O TODO (que é a Realidade substancial que se oculta em todas as manifestações e aparências que conhecemos sob o nome de Universo Material, Fenômenos da Vida, Matéria, Energia, numa palavra, sob tudo o que tem aparência aos nossos sentidos materiais) é espirito, é incognoscivel e indefinivel em si mesmo, mas pode ser considerado como uma mente vivente infinita e universal. 
Ensina também que todo o mundo fenomenal ou universo é simplesmente uma Criação Mental do todo, sujeita às Leis das Coisas criadas, e que o universo, como um todo, em suas partes ou unidades, tem sua existência na mente do todo, em cuja Mente vivemos, movemos e temos a nossa existência.   

O fundamento de todo trabalho mediúnico é a manipulação e o controle das energias. A capacidade de lidar com elas é que determina a força do Médium. O Médium mais “forte” é aquele que tem capacidade de utilizar maior quantidade e variedade de energias em benefício de seu próximo. As energias mediúnicas são controladas pela Mente humana. A conduta mental se traduz, na sua exteriorização, pelo movimento e o som, interligando o Primeiro principio hermetico ( Mentalismo) ao Terceiro (tudo é vibração) na dinâmica da mediunidade.


"Nada está parado; tudo se move; tudo vibra." - O CAIBALION -



                         Este Princípio explica que as diferenças entre as diversas manifestações de Matéria, Energia, Mente e Espírito, resultam das ordens variáveis de Vibração. Desde o todo, que é Puro Espírito, até a forma mais grosseira da Matéria, tudo está em vibração; quanto mais elevada for a vibração, tanto mais elevada será a posição na escala. A vibração do Espírito é de uma intensidade e rapidez tão infinitas que praticamente ele está parado, como uma roda que se move muito rapidamente parece estar parada. 

Na extremidade inferior da escala estão as grosseiras formas da matéria, cujas vibrações são tão vagarosas que parecem estar paradas. Entre estes pólos existem milhões e milhões de graus diferentes de vibração. Desde o corpúsculo e o elétron, desde o átomo e a molécula, até os mundos e universos, tudo está em movimento vibratório. Isto é verdade nos planos da energia e da força (que também variam em graus de vibração); nos planos mentais (cujos estados dependem das vibrações), e também nos planos espirituais 
O som cadenciado e rítmico forma vetores energéticos, verdadeiras linhas de forças. Isso no Oriente se chama “mantra” ou “mantrans”. No sânscrito dos Brâmanes o “mantra” é sua fórmula sagrada ou cânticos divinos. O mantra é a alavanca da mente - literalmente, pois man em sanscrito é mente e tra é alavanca - que produz  o estado necessario de vibração e mentalismo para que fenômenos de natureza espiritual se ambientem na dimensão material.
O Espírito comunicante, nas denominadas incorporações mediúnicas, emite a mensagem com valores de seu pensamento, incluindo o idioma que melhor manipula. Toda essa carga  mental será é incrustada, após a aceitação pelo médium, nas malhas vibratórias da zona perispiritual do receptor. Por este modo, há um encontro de vibrações entre a vontade do Espírito e a vontade-resposta do médium. 
O perispírito do médium, inundado pelas emissões do perispírito da Entidade comunicante, absorve essas correntes superiores de pensamento (comunicações harmônicas) com toda a carga que se acham investidas. Desse modo, o perispírito do receptor enriquece-se do referido material e passa a manter a corrente, que sempre existe nos indivíduos, em direção às células físicas. Nestes casos específicos, o perispírito traz, além do que é realmente do espírito do médium, os elementos enxertados pelo perispírito da Entidade comunicante, transferindo toda essa carga para a zona física.  
Podemos e devemos entender os meios fisicos, psicologicos e espirituais em que a mediunidade acontece através de uma busca constante, pois se somos  mediuns,  somos esse meio. Trabalhar a propria mediunidade é sair da caverna, é abrir os olhos com dificuldade diante da luz infinita do nosso sol interior.

 "Ora Lege Lege Lege Relege labora et invenies"
* Ore , leia, leia, leia, releia, trabalha e descobrirás!



fontes : O caibalion , Introdução a alquimia, Nuanças mediunicas  

 






segunda-feira, 16 de novembro de 2009

La roue





Não entendia o azul no céu.
Pois era algo que suas mãos não podiam reter
Vestiu-se de nuvem e foi ter com Deus
Mas o ar carregou-se demasiado
Choveu todos os ais da terra
Molhou a terra
Chafurdou na lama da terra, virou pedra.
Depois caiu na ribanceira
O atrito de outras pedras e troncos fê-lo redondo
Rolou para o mar
Então compreendeu a redondeza da terra
E que o azul é de aspirar
E foi aspirando, aspiraando
de azul coloriu seus olhos
E tudo que olhava era azul
E tudo que via, que ia
Tudo que sorria
E nunca mais foi o mesmo
Emsimesmou-se perenemente de tudo
E se entregou a Deus
E Foi ficando leve
Levemente, leve
Levitou, ate que virou céu


segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Esfera





Reza o imaginário popular que exu é mau, reza a igreja católica e os protestantes que ele é um demônio. Muitos têm medo, outros os reverenciam, alguns poucos são indiferentes. Outros tantos recorrem à ele quando não vêem mais saída.
Muita polêmica, sempre há polêmica onde se fala em exu, mas poucos sabem que seu nome abriga uma sabedoria muito antiga e ao mesmo tempo simples pois exu quer dizer esfera.
Segundo o Tão, que significa caminho, a jornada da vida em sua essência não pode ser compreendida através de conceitos e sim pela intuição, algo muito simples que não pode ser explicado. E todas as coisas são felizes desde que evoluam de acordo com a sua natureza: Domina-se o mundo deixando as coisas seguirem o seu curso.São as modificações nas suas naturezas que causam a dor e o sofrimento.
Portanto penso que a espontaneidade notória no comportamento dos exus fere a moralidade imposta por nossas raízes cristãs, isso se compreendermos o exu como uma energia de nossa psique que tanto é reprimida pra viver em sociedade.
Existem vários tipos de exus, aqui no Brasil o cenário é muito fértil para esse tipo de figura que abriga tipos culturais fortes em sua composição. Esse texto não pretende descrevê-los justamente por eu ter optado respeitar exu em sua natureza livre e espontânea, porque ele ou ela é o que deseja ser e nos encoraja o despertar do que somos em nosso âmago, tanto que muitos quando confrontados em seus afazeres ou vida intima com a energia de um exu, logo buscam por socorro. Desconfigura-se então um estado apático da consciência, desperta-se para algo novo, velho, estranho, intenso e esquecido, a espiritualidade. Os resultados variam muito entre dois aspectos, uma boa parte se esbarra em preconceitos religiosos e rituais mornos para se livrarem do problema, outros se descobrem a caminho da luz, em busca da paz e do amor universal. Taí o que desconfio que seja o intento mais profundo dessa energia que desarruma as coisas para que elas possam acordar e alcançar um tantinho mais de profundidade em suas existências.



Não sou preto, branco ou vermelho

Tenho as cores e formas que quiser

Não sou diabo nem santo, sou exu!




Universalismo


Um monstro dorme junto ao meu coração

Um sono leve de anjo

Espera o grito de socorro

Acordar a voracidade de fome e sangue

De uma alma obscura e purulenta

o corpo assaz escravizado

Em um sufoco térmico de culpa

Não consegue definhar calado

Quando é cheia a lua

Procura nos bosques e pântanos

As perolas perdidas

De sua jornada desdita

De ódio e ambição

Espera o dia do alento

Quando das nuvens surgir sereno

Aquele que tem fulgor esplendido de estrela

No sétimo compasso da vida

Descerá sobre minha decadência

Oferecendo o vinho da verdade

Tão bem vinda quanto avião no deserto

Pequenas gotas vibrarão como caudaloso rio

Ventania levará embora a dor cristalizada no sal

Então verei a glória refulgente

Do mágico encontro dos sóis do oriente

Repousarem em apenas um farol

A constelação universal do amor.