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segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Osho sobre a Tensão





Todas as metas pessoais são neuróticas. O homem sintonizado com a essência das coisas consegue entender, sentir que: "Eu não sou separado do todo, e não há necessidade de estar elegendo e procurando concretizar algum destino por minha conta. Os fatos estão acontecendo, o mundo continua girando -- chame isso de Deus... ele está fazendo coisas. Elas acontecem por vontade própria. Não há necessidade de que eu trave alguma luta, que faça qualquer esforço; não há necessidade de que eu lute por coisa alguma. Posso relaxar e simplesmente ser".

O homem essencial não é um fazedor. O homem acidental é um fazedor. Por isso, o homem acidental vive naturalmente com ansiedade, tensão, estresse, angústia, sentado o tempo todo sobre um vulcão. Esse vulcão pode entrar em erupção a qualquer momento, porque o homem vive num mundo de incertezas e acredita que pode tomar as coisas como certas. Isto gera tensão em seu ser: lá no fundo ele sabe que nada é certo.
Osho A Sudden Clash of Thunder Chapter 3

Comentário:
Quantas pessoas você conhece que, justamente quando estavam totalmente sobrecarregadas, com projetos demais, com muitos sonhos, de repente foram derrubadas por uma gripe, ou levaram um tombo e acabaram de muletas? Esse é exatamente o tipo de "momento inoportuno" que o macaquinho, com o alfinete na mão, está prestes a impor ao "showman" retratado nesta carta!
O tipo de esgotamento nervoso representado aqui acontece de vez em quando com qualquer um de nós, mas os perfeccionistas são particularmente vulneráveis a isso. Nós mesmos é que o provocamos, com a idéia de que, sem a nossa participação, nada acontecerá -- especialmente do jeito que queremos que aconteça... Bem, o que o faz pensar que você é tão especial? Você acha que o sol não se levantará de manhã, a menos que você programe pessoalmente o despertador? Saia para dar uma volta, compre algumas flores, prepare para si mesmo um macarrão para o jantar -- qualquer coisa "sem importância" serve. Trate de colocar-se fora do alcance daquele macaquinho!

terça-feira, 21 de setembro de 2010

P&B



A pasta branca atinge o mármore negro
Lava-se o negro mármore ou a branca pasta?
Encontro antagônico de cores e dureza
Produz em meus olhos
Perspectivas assimétricas
Ante a discriminação da natureza
Há beleza em paradoxo?
Há esplendor! Contrário ao que se dita nas mesas
Nada mais sei agora
Além de que o mármore negro
Nunca mais será o mesmo negro mármore
E a branca pasta flui irresistente para novos horizontes, para novas durezas.
Nada mais sei agora
O mármore negro permanece
Continua atingido pela clareza da pasta
Somente meus olhos mudaram de cor.


EM 4 DE MAIO DE 2006 postada em meu antigo blog o qual perdi a senha.

domingo, 12 de setembro de 2010

Aperto


Banham-me os bálsamos da saudade
Que a rosa é o significado oculto do espinho
E na véspera de ser o que  foste ontem
Lapidaste  meu caminho

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Ardilharia







Escrever não é juntar grafite às palavras
Dormir não é abrir os lábios a bocejar
Cantar não é perder-se no vagar das notas
Sibila na inconstante instancia de todas as coisas a véspera da plenitude sublimada
O que não foi água não conhece o que é ser sal
Nada é a não ser o que já foi
Contudo o tempo não se permitiu saber
De compasso em compasso passamos breves
E vicejamos ante o ser nada e o ser tudo
A maresia de inocente criança que acredita em sonhos
Não sendo e sendo na ânsia de amanhã tornar-se
Tu eles, eu tu
Quem somos nós? Permanece ardendo
 A terrível pergunta  

sábado, 4 de setembro de 2010

Vai




É que nosso amor era só uma velha amizade
Que não progrediu senão nos ditames póstumos de nossos labirintos
Feito de carne, lágrimas e desabrigo
Seguimos achando que o universo tinha nos encontrado
Como de fato encontramos
Nossas culpas e o zelo de tê-las perdido há muito
Colocamos as coisas no devido lugar, a carne fraca exangue
Viva chaga era o que ardia, não amor
A compreensão sulfúrica de belos apaixonados
Sigamos eternos, nus, prontos
Enlevando-nos sempre ao próximo passo