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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Mediunidade Apará




Quantas vezes você chorou sem saber porque chorava, ou chorando quantitativamente além de suas próprias lágrimas? Lembro de minha adolescência; dos dias, tardes e noites sofrendo um sofrimento tão grande que era impressionante caber dentro de um não tão grande corpo e quarto. É fato, você também sofre. Você também tem pensamentos negativos e emoções desconfortáveis. Mas é justamente isso que atrai aqueles que estão espiritualmente nisso aprisionados. Da mesma forma que um jovem pobre, marginalizado, que acaba entrando no mundo do crime, vai fazendo outras pessoas sofrerem, mesmo que esse não seja o seu principal objetivo. Os espíritos sofredores nos fazem sentir na carne o que eles sentem. Nós, os médiuns que absorvem as energias alheias e têm a capacidade de incorporar suas características. Quantas supostas depressões não são sintomas de pura mediunidade; quantos obstáculos e bloqueios na vida não passam de retenção do que não nos cabe... Muitos andam por aí buscando solução para suas dores e não encontram, porque não compreendem a sua natureza, a necessidade de conhecer e ter controle sobre sua mediunidade. A capacidade de sentir o que o outro sente é humana, e isso se transforma em mais admirável humanidade quando utilizamos para fazer pelo outro o que ele ainda não sabe fazer sozinho. Uma mãe passarinho coloca na boca dos filhotes a comida mastigada, e é isso que faz um médium ao esclarecer os irmãos desencarnados. Ao sentir o que ele sente, pode ensiná-lo sobre sua nova condição – desencarnado – esclarecer como se libertar do que ainda o prende à consciência de um corpo que não mais existe, que não mais precisa se apegar ao sofrimento que pode acabar a qualquer instante, dependendo apenas de sua consciência. O cúmulo da oportunidade de desenvolver a compreensão é a mediunidade do apará. Aquele que sente pode fazer muito mais por aqueles que são sentidos, porque se consegue, dentre tantas emoções, sentimentos e sensações, sentir amor pelo irmão que se ressente, o poder de cura se manifesta espiritualmente, porque já se concretizou fisicamente.

Uma médium do Templo Aleso do Amanhecer - Aracaju-SE

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Das transas em situações inesperadas


Como uma barata em mutação errática
La vai a cucaracha de perna caótica
Em sua mochila a lei da matemática
Numa construção de proporção robótica
Sistema rei nervoso de acesso simpático
Queda de cachoeira, asa quilométrica
Sorriso de menino em fuga dramática
No meio de um pomar com a maçã sintética
Feito assassino alcançando a porta
Correndo vai menino na exposição daltônica
Sujando o varal e seus lençóis simbólicos
Nas folhas do jornal de letras assimétricas
Entre a convivência de paixões fantásticas
Entre as aparências e as lições lacônicas
Silente, indulgente proporções neutrônicas
Típica libido de espasmos vulcânicos
Tango argentino fumaça e aspa arsênica
Espiral conduzindo pela mata atlântica
Luzente, fulgurante, sexo de estudante
Acende o cigarro apaga o sol
Flertando com a lua
Gozando jasmim
Deitando no chão e sorrindo alecrim