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quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

canto de uma alma junguiana






Hoje estive a andar por mar de multidão
Pés desgastados, passos calmos
Ia com a alma a provocar-me
A multidão parecia a mesma, mas era diferente
E passei horas caminhando pra lugar nenhum
Com a alma dizendo vai, vira, sobe
Era um caminho tortuoso, caminhos que se caminham com apreensão
E la ia eu
Pés calejados, suor e imensidão
Com minha alma a provocar-me, ora rindo ora não
Eu não sabia onde despejar a alma que comigo vinha
 O horizonte estava demasiado distante eu não sabia se iria chegar
Meus suspiros breves não foram suficientes
Nem mesmo minhas tenras lágrimas de adolescente
Meu sorriso roto
Meus olhos não choveram
Quando minha alma me olhou de frente eu não soube o que fazer
Eu vi as dores de todo o povo, uma a uma
Elas eram para mim filhas para com sua mãe
Eu fui feliz, eu fui triste
Eu fui puta
Eu fui toda
Eu fui Deus

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