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sábado, 31 de dezembro de 2011

No futuro que inventei


No futuro que inventei as flores não se machucam

Uma vez desabrochadas, levitam e se perdem no seio de Deus

A terra é reverenciada no futuro próximo de meu sonho

A morte velha amiga, uma sábia que a nada leva precoce

Transfere, multiplica

A dor roda, vive, dá frutos

Os homens, árvores

Mulheres, pássaros

O olho não vê as incertezas no horizonte longilíneo

Se fecha, sonha

Se abre, alegra

No futuro que inventei os sábios serão ouvintes,

E todo silêncio, música

Ouvida a canção da primavera bem vinda, suportaremos todo inverno

No calor das almas onde todos serão irmãos

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