No futuro que inventei as flores não se machucam
Uma vez desabrochadas, levitam e se perdem no seio de Deus
A terra é reverenciada no futuro próximo de meu sonho
A morte velha amiga, uma sábia que a nada leva precoce
Transfere, multiplica
A dor roda, vive, dá frutos
Os homens, árvores
Mulheres, pássaros
O olho não vê as incertezas no horizonte longilíneo
Se fecha, sonha
Se abre, alegra
No futuro que inventei os sábios serão ouvintes,
E todo silêncio, música
Ouvida a canção da primavera bem vinda, suportaremos todo inverno
No calor das almas onde todos serão irmãos