Eu que vim sem saber quando
E como
trouxe apenas chagas dum triste passado
Que não contam minha historia
Não vim em nome de ninguém
Vim escrever o errado por certo
Troco a lei pelo travesseiro
Nas escuras linhas do tempo
Faço do laço do ócio e do ópio
Minha musica, minha luz, minha divina imensidão
Eu que já não ando desassossegada a me lançar ao mar
Levanto a mão, sou o centro do universo,
Eu sou o umbigo de Deus
Eu que tanto sofri em outros nomes
Ando por querer me desfazer de endereço
Pois meu corpo é minha casa e isso basta
Sou errante, sou planeta, não tenho hora,
Tenho vez.