Joaninha visitou minha mão, entre o avanço veloz da
bicicleta e o chão.
“Joaninhas não entendem de amanhãs” pensei “pode ser que ela
voe antes que eu possa fotografar” e fechei a mão.
Curiosamente meu mundo não mudou, mas eu deixei de sentir a
joaninha porque passei a pensar só em mim. A estrada impassível não me julgava,
nem a joaninha.
Deixei de viver na proporção que passei a me preocupar com
isso. Foi quando abri mão de fechar a mão e escolhi deixar a vida me escolher.
Surpreendentemente minha amiguinha ficou ali comigo despreocupadamente por
longos minutos. Ate da futilidade desfrutamos, pois ela se deixou fotografar livremente.
A joaninha foi tolerante comigo.
De mão fechada o impulso dela poderia ser o de tentar sair a todo custo. De mão aberta ela podia escolher ir e vir. E ela veio e veio.=)
ResponderExcluirQue lindo. A gente pensa que dá, e recebe. A gente pensa que recebe, e deu...
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