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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Cinza azulado escuro


Você me faz querer ser maiúscula
Eu engulo tudo, cão morto de sede
Eu me engasgo de tanto beber com os olhos
Não a escrita, a vida que sua palavra traz
Você se transforma nela e ela em você na minha janela
Uma garganta sem fim
Eu queria ser tudo ao redor do seu globo da sua janela, o que tem nela?
Um cílio, um silício
Aquele piscar valeu à pena
Um silêncio, um suplício
Te assisto em sonho, te guardo aqui, sem querer pra mim
Sou grande afinal
Olho, Sonho, Janela, Junto
É tudo um só
Você.

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