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segunda-feira, 10 de maio de 2010

Cúspide


os céus se abrem perante mim
meu coito sincero comoveu o mundo
as tetas da mãe sensata vertem rios de lisonja
ai meu deus
ai meu deus
está cá uma devassa que nao me rende um tostão
vai-te embora dor alheia que não quero seu pertence
funga, lambe, vaza
chora náusea
arrebenta o viril laico de teocrácio
ferrolhos de abril trancafiam meu maio na escuridão
um monstro  imberbe vem se alimentar em meu seio
em seu peito um pedestal de bronze com os dizeres
chamo-me Morte.

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